Autor: Valdeí Marcelino da Silva
Aluno do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas.
CECA-UFAL
No solo de gente brava
De tantas lutas erguidas
Em Picuí conversava
Na terra da paraíba
Um grupo de estudantes
Que além de serem atuantes
Contra uma grande ganância
Que assola a agricultura
Levantaram em voz madura
As faces da militância
Fundamentados com força
Na mãe agroecologia
Que se ver cair na forca
Da mal mídia a cada dia
Jogados sobre um tal troço
Por nome de agronegócio
Que não respeita a cultura
Nem dar valor aos momentos
De puros ensinamentos
Que no campo se mensura
Se juntaram e conversaram
Num discurso onde se via
Um debate um tanto raro
Fundado em democracia
E nesse esforço em instinto
Terá o decimo quinto
Com mais força e maestria
Um encontro regional
Nordestino e essencial
De bela agroecologia
A mídia por vaidade
Por detrimento da prole
Tem uma certa falsidade
Quando com isso se bole
E até mesmo de verdade
Algumas universidades
Que engajadas ao sistema
Estão deixando de lado
Este fim aos resultados
Do mal ao ecossistema
Limitam a agroecologia
Como produção orgânica
Escondem a sua valentia
E sua atitude mecânica
Tanto é que se parece
Para quem não a conhece
Que ela é apenas conversa
Desconhecem a importância
Na cultura e na infância
Que emana da parte desta
Pois ela significa
A resposta aos opressores
Uma produção mais rica
Preservação de valores
O fim de uma antiga guerra
Contra os donos da terra
Que a muito se martiriza
Pois pra quem pensa direito
Vera que a terra é do pleito
De quem cultiva e precisa
Se o camponês vive a terra
É direito que se faça
Nunca dele tirar ela
E o enganar com trapaça
Os órgãos em si vigentes
Por vezes incompetentes
Omissores da verdade
Escondem nossos direitos
Tirando de nós proveitos
Destruindo a integridade
Quando se tira o camponês
Da sua terra natal
Somente de uma só vez
Se causa om monte de mal
Destrói a sua cultura
Numa triste conjuntura
De lamento e de opressão
Se modifica forró
Coco de roda dá dó
Mexe até no são João
Pense em um aperreio
Quando se vê na escola
Uma educação em meio
Um sistema que elabora
A afável agricultura
Excluída, na mistura
Sem vez e sem direção
Precisa ser reerguida
Contra injustiças da vida
Que para o bem são em vão
Este debate inteligente
Traz uma doce guarida
De alunos competentes
Do solo da paraíba
Convidando no seu brio
Os jovens desse brasil
Que lutam em prol da verdade
Interessados na causa
Dando a ideia asas
Em toda universidade
Ao fazer isto a gente
Lembra antigos militantes
Que lutaram honrosamente
Pelo camponês errante
Posso citar nesta lida
Nossa dona margarida
E João Pedro Teixeira
Não se renderam os males
Na paraíba ao lutarem
Nos vales das catingueiras
Este encontro regional
Não somente é seminário
Mais um debate legal
Sobre um novo itinerário
Precisamos reagir
Com todo mal a surgir
Contra camponês que sofre
Só através do debate
Pautado em trabalho e arte
Renasceremos da morte
Dizem que a culpa é da seca
Mas quem estuda critica
Percebe que esta queixa
É problema de política
Não distribuem nossa água
Para produzirmos fava
Feijão, milho e mandioca
Dinamizar todo dia
Nossa lavoura que guia
Ao lavrador outra porta
Tudo bem organizado
Isto garantia eu dou
Conhecimento abordado
De muito grande valor
Pois que este belo evento
Nem mesmo a força do tempo
Conseguira dar-lhe fim
Todo mundo terá vez
Sem haver plebeu ou rei
Tudo igual será assim
Paraíba vos espera
A agroecologia rindo
E a Agronomia cela
O evento que está vindo
Juntando o afável curso
Da união dos dois cursos
Convocamos satisfeitos
Alunos desse brasil
Seja adulto ou juvenil
A trabalhar nesse eito
Vamos todos nos juntarmos
Como irmãos e amigos
Pra debater e julgarmos
O que no campo é preciso
Haverá na comunhão
Uma boa recepção
Eventos e companhia
Venham em fé de boa estada
Que se sentirem em casa
Numa enorme alegria
Este encontro representa
Mais um passo adiantado
A um solo onde se assenta
Cultivo bom e arretado
Significa o começo
Da arte de um grande feito
Que enfim se consentirá
Com muita luta e força
Dando-se o pescoço a forca
O camponês vencerá.
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